sábado, fevereiro 09, 2008

Órfão Cósmico

Sou um órfão cósmico, desconectado
Menino de rua na contramão da Via Láctea
Acenando, pedindo carona
Na auto estrada da superinformação

Estrela que já se apagou
Anos luz distante de onde nunca pertenceu
A luz nem aqui chegou
Quem sabe ainda nem brilhou?

Buscando no ter o desejo de ser
Muito mais que um simples alguém
Levando a vida sem ao menos decidir
Entre Bob Dylan e Tom Jobim

Radical livre, célula tronco do caos
Cansado de olhar a estrada do acostamento
Do mirante pós-moderno místico
Olhos ao vento, nem correto nem político

Enxergando um homem evoluído
À beira da auto destruição
Acústico-elétrico, capitalismo social
Atrasou a conta, perdeu o sinal

Esperando a resposta do suporte
Há tempos que a música parou
Ouvindo vozes lá no fundo
Mas só conversam entre si

Enquanto isso nem sei mais
Se quero me reconectar
Talvez seja melhor o silêncio
E voltar a sonhar