terça-feira, junho 22, 2010

Novo endereço

A partir de hoje estarei colocando novos posts no endereço www.erlonlemos.blogspot.com

Not a good day

It's not a good day to meditate on life.

sábado, setembro 19, 2009

Tô cansado #2

Tô cansado...

De tudo
De todos
Dos outros
De mim

De escrever
De não saber
De esquecer
De viver

De não dormir
De fingir
De fugir
De existir

De pensar
De sonhar
De amar
De esperar

Tô cansado
Alguém me diga que vale a pena
Alguém me conte seus problemas
Me faça esquecer de mim

Não quero a mão estendida
Não quero o ouvido amigo
Nem a língua afiada
Ou a faca amolada

Tô cansado
Agora vou nessa
Pois tô cansado
Continuo cansado

segunda-feira, maio 25, 2009

O Novo Must

O NOVO MUST (Do cd O Vento)

Tô precisando de dinheiro pra uma buginganga
Quero comprar um shaper da televisão
No informercial é tudo maneiro
Corpo de modelo, suaves prestações
Cinco minutos todo dia pra eu me transformar
No homem do momento, a nova sensação

Todo mundo olhando quando eu passar
Sou uma bomba de hidrogênio, sou um furacão
O Novo Must, tudo aquilo que eu sempre sonhava
Vou acabar de vez com a competição
Tô de olho agora, só tô esperando
Sair um novo shaper pro meu coração

Eu quero um novo shaper
Um que me faça muito mais feliz
Eu quero um novo shaper
Um homem novo, "quê que cê me diz?"
Eu quero um novo shaper
Pra eu ser do jeito que eu sempre quis


Quem sabe um dia desses a tecnologia
Não me ajuda a ser tudo que eu não sou?
Bota pra fora todo mal e toda amargura
Me faz nascer de novo, é só apertar um botão
Tudo isso e muito mais sem eu sair de casa
Sem ler a Palavra, sem uma oração

sábado, março 14, 2009

Pois bem...

Tô aqui pensando que Deus é bom mesmo! É bom estar vivo, sonhar, jogar video-game, tocar violão, ler As Crônicas de Nárnia pro meu filho toda noite, estar com uma mulher que me conhece e mesmo assim me ama e sente saudades de mim, decidir de ano em ano que vou manter o blog atualizado, perceber de ano em ano que não consigo manter o blog atualizado, comer pão de queijo às 16:30 acompanhado de um café feito às 16:25, amar, criar, curtir e ouvir música, ter amigos, ser amado, ser aceito. Ser aceito, ser aceito, ser aceito. Ah, e também ser aceito. Puxa, Deus é bom mesmo!

sábado, fevereiro 09, 2008

Tô cansado

Tô cansado de andar sem saber
Se dou passos pra frente ou pra trás
Se o que vejo adiante
É algo que satisfaz

Tô cansado de ouvir besteira
De um povo neurado e doente
De ver tanta idiotice
Ensinada em nome de Deus

Tô cansado de ver a verdade
Sufocada pela injustiça
E o sagrado substituído
Por verdades relativas

Tô cansado de nivelar por baixo
Em nome da pseudo-harmonia
De ver a mediocridade
Ser a ordem do dia

Tô cansado de esperar respeito
De um mundo movido a dinheiro
Do silêncio criminoso e conveniente
De quem se esqueceu de ser gente

Tô cansado de ver a justiça
Ceder lugar à hipocrisia
De ouvir pedras clamarem
Por omissão de quem sabe

Tô cansado de tanta informação
Das dietas de segunda-feira
Só não canso de ver pedacinhos do céu
Me dizendo que vale a pena

Vozes

Ouço vozes que me dizem onde ir
O que pensar, o que falar e até o que vestir
Sabem de tudo a meu respeito
Mas não conseguem se ver diante do espelho...

Às Vezes

Às vezes sou frio e caculista
Às vezes o porto que te abriga
Às vezes disperso e distante
Às vezes real e constante

Às vezes acredito na vida
Às vezes mostro meus punhos ao céu
Às vezes sonho acordado
Às vezes abro os braços ao vento

Às vezes sou o que você precisa
Às vezes o que você sempre quis
Às vezes vivo o momento
Às vezes choro sem saber porquê

Às vezes canto afinado
Às vezes perco as palavras
Às vezes falo demais
Às vezes sinto vergonha de mim

Às vezes aceito a mão estendida
Às vezes toco a ferida
Às vezes penso que sei
Às vezes sei que errei

Palavras

Eu não sei o que dizer sobre minhas atitudes
Loucuras ensaiadas, verdadeira juventude
É o preço que se paga...

Eu não tenho o que esconder, não me importo que me julguem
Não consigo preencher essa imensa solitude
E o silêncio me faz falta...

Sei que você pode ver muito além de quem sou
Mesmo sem compreender eu não vou esquecer
E as palavras que me faltam
Vou falar sem perceber

Seus Olhos

Hoje eu queria te escrever
Uma canção daquelas que tocam bem no fundo
Sem preocupar com rimas ou frases de efeito
Só queria falar sobre aquilo que sinto
Sobre como gosto de te ver dormir
Beijar seu rosto sem você sentir
Quando sinto sua falta nas horas da distância
Na estrada pela noite, ou num quarto de hotel
E saciar a saudade num abraço de reencontro
É algo que não se pode forjar
Sei que tudo que escrevi, ou ainda vou cantar
Nunca poderá expressar toda a verdade
E a verdade é que eu me sinto inadequado
Incapaz de achar o perfeito elo
Entre melodia e palavras
Sem compreender como te faço feliz
Me realizo ao ver a felicidade em seus olhos

Aprendiz de madrigal

Quis fazer um poema do meu momento de poesia.
Faltaram-me recursos...

Gente

É difícil ser gente como foi planejado
Nada muda enquanto fico aqui parado
Pensando naquilo que nem sei se convém
Todo mundo quer mesmo um dia ser alguém

Sonhei com palavras que nunca escutei
Deslumbrado com aquilo que nunca vivi
Acordei para a vida que nunca sonhei
Um sorriso aberto ao ver o que vi

Tenho pouco de gente dentro de mim
Aquilo que anelo e tenho medo de ser
Me diz com clareza o que devo fazer
Levantar de manhã e viver o dia

Queria cantar a canção que falta
Saber as palavras ainda escondidas
Lembrar do que jurei nunca esquecer
Saber que o que tenho não posso perder

Uma e três

Como expressar a inoperância da alma?
Como cantar a impotência do ser?
Desorientado sem saber o que me falta
Nem os versos da canção consigo escrever
E essa angústia que me enche o peito
Não parece querer ceder
Sou pequeno e passageiro, estrangeiro onde nasci
Mas ninguém avisou que seria assim
E cresci olhando o tempo passar
Esperando a minha hora chegar
E agora órfão do sistema
Desacreditado por quem importa
Pronto pra sair de cena
Dessa peça que parece não ter fim
Quem primeiro dividiu o tempo?
Transformou em períodos o sem fim?
Pra que eu soubesse o quanto já vivi
E percebesse a estupidez em mim?
Alguém me diga que vale a pena
Alguém me conte os seus problemas
Pra eu entrar na roda e me esquecer
E olhar a vida sem ser por mim
Ah se eu pudesse entender o que leio!
Ah se fosse tão fácil acreditar!
Viver a graça sem medo dela precisar
Saber que o melhor ainda não chegou
Viver sem ver o tempo passar

Órfão Cósmico

Sou um órfão cósmico, desconectado
Menino de rua na contramão da Via Láctea
Acenando, pedindo carona
Na auto estrada da superinformação

Estrela que já se apagou
Anos luz distante de onde nunca pertenceu
A luz nem aqui chegou
Quem sabe ainda nem brilhou?

Buscando no ter o desejo de ser
Muito mais que um simples alguém
Levando a vida sem ao menos decidir
Entre Bob Dylan e Tom Jobim

Radical livre, célula tronco do caos
Cansado de olhar a estrada do acostamento
Do mirante pós-moderno místico
Olhos ao vento, nem correto nem político

Enxergando um homem evoluído
À beira da auto destruição
Acústico-elétrico, capitalismo social
Atrasou a conta, perdeu o sinal

Esperando a resposta do suporte
Há tempos que a música parou
Ouvindo vozes lá no fundo
Mas só conversam entre si

Enquanto isso nem sei mais
Se quero me reconectar
Talvez seja melhor o silêncio
E voltar a sonhar

Dias

Tem dias que a gente sente que não vale a pena lutar
Que a vida acontece em círculos, e de nada vale sonhar
As cartas já foram marcadas, e a história já se escreveu
E a tão sonhada luz ao fim do túnel não se acendeu

E há dias em que somos sábios com as respostas em mãos
O furor da vida nos consome e nada é feito em vão
O coração faz planos, desconhece o seu lugar
E ignoramos até mesmo o medo de amar

E há outros dias...
Não corremos nem pensamos
E o melhor a fazer é nem lembrar
Do mundo que existe longe dessas quatro paredes
Do calor das cobertas, e dessa tela de tv